Fatores macroeconômicos podem impactar ciclo do BTC
Os apegos ao dólar estão causando uma reviravolta no mercado de criptomoedas, e muita gente está de olho no Bitcoin, que é especialmente sensível a esses fatores. O investidor Tim Draper, um nome conhecido na área de venture capital, traz insights interessantes sobre como a queda do dólar pode influenciar o futuro do BTC e seu comportamento no mercado.
Draper acredita que, em um horizonte de 10 a 20 anos, o dólar pode até deixar de existir. Durante uma conversa descontraída, ele destacou que estamos vivendo um momento de mudanças profundas. “O mundo está mudando e estamos no centro de um salto antropológico”, afirmou. Essa visão não é só dele; muitos investidores veem o Bitcoin como uma alternativa, uma opção de segurança diante de governos ineficientes, inflação e tensões políticas.
Quando se trata do fenômeno do halving do Bitcoin, que acontece a cada quatro anos e costuma gerar oscilações de preço, Draper sugere que esse efeito pode ser minimizado. Ele explica que, se o valor do Bitcoin cair em relação ao dólar, é possível que as consequências do halving sejam diferentes do que já presenciamos no passado. “O Bitcoin ainda será afetado pelo ciclo, mas acredito que esses impactos serão mais amenos”, disse ele.
Essa discussão se estende a outros especialistas do setor. O CEO do Xapo Bank, Seamus Rocca, ainda vê relevância no ciclo de quatro anos do Bitcoin. Mas, por outro lado, há quem diga que o BTC já se tornou um ativo macroeconômico, deixando para trás a lógica tradicional de mercado.
Bitcoin e o futuro em um mundo onde o dólar está em declínio
Em fevereiro, Jeff Park, da Bitwise, fez previsões otimistas sobre o Bitcoin, acreditando que a criptomoeda seria cada vez mais adotada globalmente, especialmente em tempos de incertezas geopolíticas e inflação. Com o dólar enfrentando dificuldades e as políticas protecionistas tomando força, a tendência é de que mais pessoas acabem buscando o Bitcoin.
Recentemente, o governo Trump enfatizou que as stablecoins ligadas ao dólar são fundamentais para preservar o status de moeda reserva dessa moeda. Essas moedas digitais podem ajudar qualquer pessoa com um celular e uma carteira de criptomoedas a acessar os dólares de maneira mais fácil.
Porém, Max Keiser, um defensor do Bitcoin, vê as stablecoins como uma solução temporária. Ele sugere que, a longo prazo, essas moedas podem ser superadas pelos tokens respaldados em ouro e pelo próprio Bitcoin, mostrando como as tendências no mercado de criptomoedas são dinâmicas e estão em constante evolução.